terça-feira, 13 de agosto de 2013


Lá vai mais um pequeno texto meu...




SER  ALUNO VIRTUAL : UM DESAFIO  NA CONTEPORANEIDADE

                                                          Caroline Pereira das Neves



Com o boom da informática e cada vez mais pessoas tendo acesso a internet e as Tecnologias de Informação e Comunicação, a EAD tem contribuído para a formação de um maior número de pessoas potencializando seus estudos e ações nos ambientes virtuais de aprendizagem.                                                            

Por ser uma modalidade de ensino em crescente expansão e por possibilitar que pessoas de diversas condições sociais possam ter educação superior, cursos de extensão e aperfeiçoamento apenas acessando um computador, se torna uma alternativa para suprir o desejo pelo conhecimento por parte de um grupo da sociedade que está na busca constante de novos rumos profissionais. Geralmente indivíduos adultos, pois essa espécie de aprendizagem permite estar trabalhando em turno integral sem deixar de lado outras atividades e/ou afazeres importantes.

Nesse contexto da EAD, é fundamental a busca de uma efetiva realização de objetivos no processo de ensino-aprendizado. Neste sentido a qualidade dos cursos oferecidos virtualmente é que mantém a satisfação dos alunos com o estudo on-line e assim garantindo a adesão.                                                   

É fundamental também o papel do docente no processo, quando, por exemplo, o professor leva em consideração as diferenças individuais dos alunos. Conhecendo o perfil do aluno é possível criar mecanismos para direcionar o desenvolvimento dos cursos permitindo uma melhor adequação.                        

Perceber as características individuais e cognitivas dos educandos e, sobretudo conhecendo as ferramentas da interface digital que possam facilitar a aprendizagem destes, possibilita estabelecer uma melhor mediação pedagógica, ou seja, uma melhor relação professor- aluno.                                      

Estabelecer uma boa relação professor-aluno se torna importante, pois a troca de aprendizagens e experiências na EAD fazem com que os alunos desempenhe um papel fundamental no sucesso do curso em EAD.O aluno virtual necessita de acompanhamento de um professor diferenciado que tenha seu foco no aluno e que atenda as necessidades do mesmo. O facilitador precisa ajudar os alunos a entenderem o papel importante que cada um desempenha no processo de aprendizagem.                                                               

Por sua vez, conhecer o papel do aluno virtual neste contexto também é de fundamental importância. Não é em vão que o mundo acadêmico atualmente tem discutido sobre qual é o perfil de um aluno virtual. Pois se entende que este é o principal sujeito da sua aprendizagem.Isso exige por parte do aluno, uma maior autonomia, iniciativa e disciplina, pois ele fará seu próprio horário de estudo, estabelecerá as condições em que irá estudar e, dentro de limites amplos, definirá o ritmo desse estudo, adaptando-o ao seu perfil e conveniência.                           
De acordo com Palofff e Praft (2004), os alunos virtuais de sucesso têm a mente aberta e compartilham detalhes sobre sua vida, trabalho e outras experiências educacionais. Isso é bastante importante quando pedimos aos alunos on-line para que ingressem em comunidades de aprendizagem a fim de que utilizem determinado material do curso. Os alunos virtuais são capazes de usar suas experiências no processo de aprendizagem e também de aplicar sua aprendizagem de maneira contínua a suas experiências de vida.                                   

A educação a distância necessita que o aluno desenvolva estes mecanismos de auto-estudos aproveitando as ferramentas do ambiente virtual de aprendizagem a seu favor, pois a EAD abre esta possibilidade ao aluno, ou seja, de planejar e solicitar a adequação da didática do ensino aliando as suas necessidades de aprendizagens de determinados conteúdos.                                       

Para Belloni (2003), o estudante virtual é considerado um sujeito ativo, já que realiza sua própria aprendizagem e abstrai o conhecimento aplicando em novas situações. Mas esta exigência de autodeterminação se torna difícil de ser realizado por muitos estudantes de EAD sem o auxílio direto do professor, pois muitas vezes o aprendizado autônomo é percebido como sinônimo de isolamento. Proporcionar ao aluno a oportunidade de conhecer e explorar cada ferramenta que está presente no ambiente virtual, é importante na desconstrução desta visão.                                                                 
A interação entre professor/aluno; estudante/estudante e os materiais de boa qualidade, também é uma prática considerada por Belloni (2003), como uma atividade motivadora para a aprendizagem e desenvolvimento de habilidades de autonomia nos estudantes.  
Cabe ao aluno virtual outras atitudes, para contribuir com o sucesso do curso em EAD, como: comunicar ao professor e aos outros, os problemas que surgirem, pois ao contrário da sala de aula convencional, na qual o professor é capaz de identificar rapidamente quem está passando por alguma dificuldade, os sinais de problemas de um aluno virtual são diferentes; dedicar quantidade significativa do seu tempo semanal a seus estudos e não veem o curso como "a maneira mais leve e fácil" de obter um diploma ou certificados.                                            

O aluno virtual deverá também exercitar sua capacidade de reflexão e trabalhar em conjunto com seus colegas para atingir seus objetivos de aprendizagem e os objetivos estabelecidos pelo curso. A reflexão, seja sobre os resultados da atividade colaborativa, seja sobre o processo de aprendizagem ou o conteúdo do curso é uma característica primordial da aprendizagem on-line.                                                                                                           
 No contexto da EAD, conclui-se que um aluno on-line possui características que o difere dos estudantes de cursos de graduação e pós-graduação  presenciais, pois estes alunos necessitam de uma atenção maior  pois eles apreendem os conteúdos on-line, ou seja, não acontecem os debates presenciais, mas acontecem os fóruns, que é um espaço que propicia essa troca de conteúdos e informações que podem acontecer nos encontros presenciais.                                                  
 Outro ponto importante, é que o perfil do aluno virtual favorece seu desempenho no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, pois é além do tutor e do professor são estas ferramentas que propiciam a relação ensino-aprendizagem dos estudantes, despertando para sua autonomia, pois um aluno on-line de sucesso aprende a ser um aluno independente e explorador.


REFERÊNCIAS


ALMEIDA, Maria Elizabete Biancocini. Educação, ambientes virtuais e interatividade. In: SILVA,  Marco (org.). Educação online: teorias, práticas, legislação e formação de professores. Rio de Janeiro: Loyola, 2003.



BELLONI, M. L. Educação a distância. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

PALOFF Rena, PRATT Keilh. O Aluno Virtual : um guia para trabalhar com estudantes online. Trad. Vinicus Figueira. Porto Alegre Artmed. 2004.

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