Lá vai mais um pequeno texto meu...
SER ALUNO VIRTUAL : UM
DESAFIO NA CONTEPORANEIDADE
Caroline Pereira das Neves
Com o boom da informática e cada vez mais pessoas tendo acesso a internet
e as Tecnologias de Informação e Comunicação, a EAD tem contribuído para a
formação de um maior número de pessoas potencializando seus estudos e ações nos
ambientes virtuais de aprendizagem.
Por ser uma modalidade de ensino em crescente
expansão e por possibilitar que pessoas de diversas condições sociais possam
ter educação superior, cursos de extensão e aperfeiçoamento apenas acessando um
computador, se torna uma alternativa para suprir o desejo pelo conhecimento por
parte de um grupo da sociedade que está na busca constante de novos rumos
profissionais. Geralmente indivíduos adultos, pois essa espécie de aprendizagem
permite estar trabalhando em turno integral sem deixar de lado outras
atividades e/ou afazeres importantes.
Nesse contexto da EAD, é fundamental a busca
de uma efetiva realização de objetivos no processo de ensino-aprendizado. Neste
sentido a qualidade dos cursos oferecidos virtualmente é que mantém a
satisfação dos alunos com o estudo on-line e assim garantindo a adesão.
É fundamental também o papel do docente no processo,
quando, por exemplo, o professor leva em consideração as diferenças individuais
dos alunos. Conhecendo o perfil do aluno é possível criar mecanismos para
direcionar o desenvolvimento dos cursos permitindo uma melhor adequação.
Perceber as características individuais e
cognitivas dos educandos e, sobretudo conhecendo as ferramentas da interface
digital que possam facilitar a aprendizagem destes, possibilita estabelecer uma
melhor mediação pedagógica, ou seja, uma melhor relação professor- aluno.
Estabelecer uma boa relação professor-aluno
se torna importante, pois a troca de aprendizagens e experiências na EAD fazem
com que os alunos desempenhe um papel fundamental no sucesso do curso em EAD.O
aluno virtual necessita de acompanhamento de um professor diferenciado que
tenha seu foco no aluno e que atenda as necessidades do mesmo. O facilitador
precisa ajudar os alunos a entenderem o papel importante que cada um desempenha
no processo de aprendizagem.
Por sua vez, conhecer o papel do aluno virtual
neste contexto também é de fundamental importância. Não é em vão que o mundo
acadêmico atualmente tem discutido sobre qual é o perfil de um aluno virtual.
Pois se entende que este é o principal sujeito da sua aprendizagem.Isso exige
por parte do aluno, uma maior autonomia, iniciativa e disciplina, pois ele fará
seu próprio horário de estudo, estabelecerá as condições em que irá estudar e,
dentro de limites amplos, definirá o ritmo desse estudo, adaptando-o ao seu
perfil e conveniência.
De
acordo com Palofff e Praft (2004), os alunos virtuais de sucesso têm a mente
aberta e compartilham detalhes sobre sua vida, trabalho e outras experiências
educacionais. Isso é bastante importante quando pedimos aos alunos on-line para
que ingressem em comunidades de aprendizagem a fim de que utilizem determinado
material do curso. Os alunos virtuais são capazes de usar suas experiências no
processo de aprendizagem e também de aplicar sua aprendizagem de maneira
contínua a suas experiências de vida.
A educação a distância necessita que o aluno
desenvolva estes mecanismos de auto-estudos aproveitando as ferramentas do
ambiente virtual de aprendizagem a seu favor, pois a EAD abre esta
possibilidade ao aluno, ou seja, de planejar e solicitar a adequação da didática
do ensino aliando as suas necessidades de aprendizagens de determinados
conteúdos.
Para Belloni (2003), o estudante virtual é
considerado um sujeito ativo, já que realiza sua própria aprendizagem e abstrai
o conhecimento aplicando em novas situações. Mas esta exigência de
autodeterminação se torna difícil de ser realizado por muitos estudantes de EAD
sem o auxílio direto do professor, pois muitas vezes o aprendizado autônomo é
percebido como sinônimo de isolamento. Proporcionar ao aluno a oportunidade de
conhecer e explorar cada ferramenta que está presente no ambiente virtual, é
importante na desconstrução desta visão.
A interação entre professor/aluno;
estudante/estudante e os materiais de boa qualidade, também é uma prática
considerada por Belloni (2003), como uma atividade motivadora para a
aprendizagem e desenvolvimento de habilidades de autonomia nos estudantes.
Cabe ao aluno virtual outras atitudes, para
contribuir com o sucesso do curso em EAD, como: comunicar ao professor e aos
outros, os problemas que surgirem, pois ao contrário da sala de aula
convencional, na qual o professor é capaz de identificar rapidamente quem está
passando por alguma dificuldade, os sinais de problemas de um aluno virtual são
diferentes; dedicar quantidade significativa do seu tempo semanal a seus
estudos e não veem o curso como "a maneira mais leve e fácil" de
obter um diploma ou certificados.
O aluno virtual deverá também exercitar sua
capacidade de reflexão e trabalhar em conjunto com seus colegas para atingir
seus objetivos de aprendizagem e os objetivos estabelecidos pelo curso. A
reflexão, seja sobre os resultados da atividade colaborativa, seja sobre o
processo de aprendizagem ou o conteúdo do curso é uma característica primordial
da aprendizagem on-line.
No contexto da EAD, conclui-se que um aluno on-line possui características que o difere dos estudantes de cursos de graduação e pós-graduação presenciais, pois estes alunos necessitam de uma atenção maior pois eles apreendem os conteúdos on-line, ou seja, não acontecem os debates presenciais, mas acontecem os fóruns, que é um espaço que propicia essa troca de conteúdos e informações que podem acontecer nos encontros presenciais.
No contexto da EAD, conclui-se que um aluno on-line possui características que o difere dos estudantes de cursos de graduação e pós-graduação presenciais, pois estes alunos necessitam de uma atenção maior pois eles apreendem os conteúdos on-line, ou seja, não acontecem os debates presenciais, mas acontecem os fóruns, que é um espaço que propicia essa troca de conteúdos e informações que podem acontecer nos encontros presenciais.
Outro
ponto importante, é que o perfil do aluno virtual favorece seu desempenho no
uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, pois é além do tutor e do
professor são estas ferramentas que propiciam a relação
ensino-aprendizagem dos estudantes, despertando para sua autonomia, pois um
aluno on-line de sucesso aprende a ser um aluno independente e
explorador.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabete Biancocini.
Educação, ambientes virtuais e interatividade. In: SILVA, Marco (org.). Educação
online: teorias, práticas, legislação e formação de professores. Rio
de Janeiro: Loyola, 2003.
BELLONI, M. L. Educação a distância.
Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
PALOFF Rena, PRATT
Keilh. O Aluno Virtual : um guia para
trabalhar com estudantes online. Trad. Vinicus Figueira. Porto Alegre
Artmed. 2004.
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